Ampla rede de comunicação pode ser utilizada para denunciar violência sexual

Por SSP/SE 18/05/2016 18h44
Ampla rede de comunicação pode ser utilizada para denunciar violência sexual

Crianças e adolescentes são todos os dias vítimas de violência sexual. Somente em 2016, no 1º quadrimestre do ano, Sergipe recebeu 92 denúncias anônimas encaminhadas pelo Disque 100, serviço de utilidade pública da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), e pelo 181, Disque-Denúncia da Polícia Civil de Sergipe.

Com base em dados apresentados pela SDH em 2015, violência sexual é a quarta violação mais denunciada em todo o país, com 17.583 denúncias, representando quase 50 casos por dia. Ainda assim, em Sergipe, o número que parece pequeno, frente à realidade vivida, tem explicação de acordo com a coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneŕaveis (DAGV), delegada Mariana Diniz. "Os números ainda não refletem os dados, pois existe uma subnotificação dos casos, principalmente porque a maioria deles ocorre dentro dos lares, e as pessoas que deveriam zelar pelo bem-estar, saúde e preservação da integridade física e psicológica das vítimas, muitas das vezes são os próprios agressores ou então são omissos e deixam de denunciar", esclarece.

Ainda detalhando números, nos primeiros quatro meses do ano, foram registrados 382 boletins de ocorrências que geraram a abertura de 70 inquéritos policiais pela unidade especializada. Já em todo o ano de 2015, foram 255 denúncias anônimas, 960 boletins de ocorrências e 202 inquéritos policiais abertos.

Para auxiliar a polícia no combate ao crime, a população sergipana pode e deve denunciar nos canais habilitados: delegacias especializadas ou comuns; Conselho Tutelar da cidade; escola, com os professores, orientadores ou diretores; polícias Militar, Federal ou Rodoviária Federal, e os números acima mencionados Disque 100 (nacional) e Disque-Denúncia 181 (estadual).

Na denúncia, para facilitar os trabalhos policiais e punir os agressores é importante ter em mente informações acerca de quem sofre a violência (vítima); qual tipo violência (violência física, psicológica, maus tratos, abandono etc.); quem pratica a violência (suspeito); como chegar ou localizar a vítima/suspeito; o endereço (com pelo menos um ponto de referência que defina um lugar específico); há quanto tempo (frequência); o horário; local; como a violência é praticada; qual a situação atual da vítima; e se lgum órgão foi acionado.

Apesar de a lista parecer grande, as orientações sugeridas pelo Disque 100 servem como base para encaminhamento em todo o território nacional, facilitando o serviço das instituições, de forma a localizar as vítimas, proteger as crianças e os adolescentes e punir os agressores.

O disque 100 funciona diariamente 24h por dia, inclusive aos finais de semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100; e do exterior pelo número telefônico pago 55 61 3212-8400 ou pelo endereço eletrônico: [email protected].

Já o 181, serviço estadual que atende todo o território sergipano e alguns municípios de estados vizinhos, e recebem denúncias sobre diferentes delitos cometidos no Estado, também funciona durante as 24h do dia, sem interrupção.

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