Polícia elucida suposto sequestro relâmpago armado para conquistar jovem

12/02/2016 10h58
Polícia elucida suposto sequestro relâmpago armado para conquistar jovem

Uma operação denominada Romeu e Julieta, investigada pela Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos, culminou na prisão de três homens envolvidos em um suposto sequestro relâmpago cujo idealizador tinha a pretensão de conquistar uma jovem. O delegado Thiago Leandro elucidou o crime na manhã desta sexta-feira (12), durante coletiva de imprensa.

Na operação, Igor Alexandre Nascimento de Jesus, Emílio Valter de Menezes e Hamilton Correia Santos foram presos. De acordo com o delegado do caso, Igor Alexandre teria planejado um sequestro relâmpago para sair como o herói da situação e conquistar o coração de Tamires Santos Mattos, 21 anos. Ele teria contratado os serviços do policial, Hamilton, que convidou Emílio para executar o plano.

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O delegado conta como chegou à conclusão de que o sequestro relâmpago era uma armação. “Nós estranhamos porque durante o crime o Emílio pediu para que as duas vítimas se abraçarem, fato que não é normal em um crime como esse. Nós também já tínhamos intimado o Igor, que é o idealizador do crime, e percebemos que ele tinha uma obsessão e ciúmes por essa jovem. Outros fatos técnicos também comprovaram que não foi um crime premeditado”, diz Thiago Leandro.

Segundo as investigações, Igor teria pago 1.800 para que Hamilton contratasse uma pessoa para executar o crime. Emílio foi instruído sobre o que deveria ser feito. “Eles combinaram tudo. Hamilton passou para o Emílio o endereço da vítima e o horário em que o Igor iria se encontrar com ela. Igor marcou com o Emílio para que eles se encontrassem em uma agência bancária, e lá mesmo, o Emílio anunciaria o suposto sequestro”, destaca o delegado.

De acordo com o delegado, o plano de Igor não saiu como combinado, já que a jovem Tamires, foi atingida com um tiro na perna. “O Emílio iria atirar no peito da vítima, mas a arma falhou, então, ele disparou novamente e atingiu a perna dela. Acredito que o Emílio não entendeu bem o plano, e colocou na cabeça dele que era para matar a vítima, o que supostamente não era para ser feito”.

Emílio Valter rebate e diz que não teve a intenção de matar a jovem. “No dia do assalto, eu encontrei com o Igor dentro do banco, como tinha combinado, e na hora, o Igor queria desistir, mas eu disse que não tinha como voltar atrás. Logo depois, anunciei o assalto e levei eles para uma garagem. Lá, eu tentei fazer um disparo para assustar, mas a arma falhou, depois, eu e o Igor simulamos uma briga e arma disparou e atingiu a perna dela”, comenta.

Segundo o delegado, Hamilton Correia dos Santos é servidor público da Secretaria de Segurança Pública, onde é enquadrado como policial. Ele responde um processo em liberdade na comarca de Itabaiana. Já Emílio Valter Menezes tem mandado de prisão em aberto pelo município de Santos, em São Paulo, por porta ilegal de arma. Ambos, junto com Igor, estão com a prisão temporária decretada.

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