Levantamento do Ministério da Saúde aponta municípios sergipanos em situação de risco para dengue‏

Por ASN 26/11/2015 16h37
Levantamento do Ministério da Saúde aponta municípios sergipanos em situação de risco para dengue‏

O Ministério da Saúde (MS) divulgou o novo resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa). O estudo indica que 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. Além do levantamento, também foram divulgados a campanha de combate ao mosquito, o balanço da dengue e chikungunya e a constatação que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades continham larvas do mosquito transmissor.

O LIRAa contou com a participação de 1.792 municípios de todo Brasil e foi realizado entre outubro e novembro de 2015, identificando os focos de infestação do mosquito, apontando as regiões de maior risco para que ações de controle sejam intensificadas. 

No total, 928 municípios estão em situação satisfatória, 665 em situação de alerta e 199 em situação de risco para a Dengue. O LIRAa apontou 10 capitais em situação satisfatória: Boa Vista, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campo Grande e Curitiba. Sete capitais estão em alerta: Aracaju, Recife, São Luis, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho. Apenas uma capital apresenta situação de risco: Rio Branco. Já as capitais Macapá, Manaus, Maceió, Natal, Salvador, Vitória, Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre não enviaram as informações.

Na região Nordeste, 656 municípios participaram do LIRAa: 216 estão em situação satisfatória, 288 em situação de alerta e 152 em situação de risco.

Em Sergipe, os municípios em situação de alerta da Dengue são: Areia Branca (3), Aquidabã (2,7), Aracaju (1,6), Boquim (1,7), Capela (2,1), Carmópolis (1,2), Cedro de São João (3,5), Cristinápolis (1,7), Estância (2,5), Frei Paulo (1,3), Itabaiana (2), Japaratuba (3), Lagarto (1,6), Malhador (3,3), Maruim (1,3), Neópolis (1), Nossa Senhora da Glória (3,3), Nossa Senhora das Dores (3,5), Nossa Senhora do Socorro (1), Pinhão (1,5), Pirambu (2,7), Poço Redondo (2), Salgado (2,5), Santana do São Francisco (1,6), Santo Amaro das Brotas (1,9), São Domingos (1,4).

Os municípios de alto risco: Itabaianinha (4), Nossa Senhora Aparecida (4,2), Simão Dias (7,9).

Os municípios em médio risco: Arauá (0,9), Barra dos Coqueiros (0,4), Campo do Brito (0,2), Itaporanga D’ajuda (0,2), Moita Bonita (0,5), Porto da Folha (0,8), Riachuelo (0,2), Ribeirópolis (0,8), Rosário do Catete (0,7), Siriri (2,2), Tomar do Geru (3,1), Umbaúba (0,5).

Segundo dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), de janeiro a outubro de 2015, Sergipe notificou 7.499 casos de Dengue. Em 2014 foram 2.024 notificações. Em relação aos óbitos da doença, Sergipe registrou 2 casos em 2015. Em 2014 foram 4 óbitos.

“Segundo o LIRAa, no Nordeste, 82% das larvas do mosquito estão nos depósitos de água, 15,4% estão em depósitos domiciliares e 2,1% estão no lixo comum. Sergipe já vem fazendo sua parte capacitando os agentes de endemias dos municípios, fazendo a distribuição de insumos como inseticidas e kits diagnósticos, com todas as orientações do Ministério”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, José Sobral.

Por conta do estado de alerta, a SES continuará realizando as ações, junto com os municípios e, principalmente, com a população para que os índices e os riscos diminuam.

“O cuidado para combater o surgimento de criadouros e a proliferação do Aedes aegypti deve ser permanente porque eles estão em casa, em ralos, calhas, vasos de planta, copos descartáveis. Estamos atuando junto aos municípios. É fundamental que cada um fortaleça estratégias preventivas, estando atentos ao saneamento básico, verificar fontes, praças, piscinas públicas, cemitérios, terrenos baldios, etc. Se tem água parada e limpa, as chances de proliferação do mosquito são enormes”, ressalta José Sobral.

De acordo com Sidney Sá, gerente do Núcleo de Endemias da SES, os agentes de endemias e coordenadores de vigilâncias epidemiológicas municipais vêm participando das capacitações oferecidas pela SES para ampliar no controle. Ela explica, ainda, que a Brigada Itinerante, considerada a tropa de elite para eliminar o Aedes aegypti, está dando todo o suporte para eliminar o vetor transmissor da doença.

“Já estamos com um cronograma rigoroso para a presença da Brigada Itinerante nos municípios, aliado ao Carro Fumacê. Esta semana a Brigada está no município de Nossa Senhora das Dores. Através dela, os agentes de endemias vão até as residências e aos terrenos baldios, para detectar possíveis focos da dengue, e orientam os munícipes sobre os cuidados e a prevenção. É preciso que a população colabore, abrindo suas casas, auxiliando o trabalho dos agentes”, pontua Sidney Sá.

Ainda de acordo com a gerente, “todos os municípios devem intensificar a busca ativa de casos em todo território junto com Atenção Básica. Cabe a Vigilância Epidemiológica das Secretarias Municipais da Saúde realizar a investigação compulsória de todos os casos suspeitos por Dengue. É responsabilidade do município notificar o caso no sistema de informação e automaticamente informar à Vigilância Estadual. A SES orienta a todos os gestores municipais que façam as investigações de casos e sempre reforcem o trabalho de controle nas áreas de moradias, até mesmo a zona rural.

Febre Chikungunya e Zika

Segundo o resultado do LIRAa apresentado pelo Ministério da Saúde, a Febre Chikungunya 17.131 casos notificados, 6.724 casos confirmados e 8.926 em investigação. Destes, 37 foram registrados em Sergipe.

Já o Zika Vírus teve a sua primeira confirmação em abril deste ano, aparecendo 18 estados brasileiros: Roraima, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.

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