Polícia Civil afirma que Aspe desviou cerca de R$ 3 milhões das verbas de subvenção

24/11/2015 17h18
Polícia Civil afirma que Aspe desviou cerca de R$ 3 milhões das verbas de subvenção

Na tarde desta terça-feira (24) o Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deoatp) detalhou a operação realizada para investigar envolvidos no desvio das verbas de subvenção da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). Na manhã de hoje a polícia cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão em diversos pontos da capital e da Grande Aracaju, mas todos possuíam envolvimento com Associação Sergipana de Produtores de Eventos (Aspe) que, segundo a polícia, desviou cerca de R$ 3 milhões das verbas de subvenção.

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“É uma organização criminosa montada por empresas que trabalham nesta área de shows que desviavam dinheiro da ASPE, que foi uma associação que recebia dinheiro de subvenção desde 2011, nós constatamos que a ASPE foi criada e a partir de 2011 passou a receber dinheiro de subvenção, esse dinheiro que chegava na ASPE era distribuído para empresas do mesmo grupo que tinham por traz o senhor Wilson Felix de Farias, que foi proprietário da empresa W4, através desse esquema eles usavam inúmeras empresas para desviar dinheiro da associação e lavavam dinheiro de outras contratações, pois a gente já sabe que essas empresas já foram contratadas por diversas prefeituras”, explicou a delegada do Deoatp, Danielle Garcia. 

Nesta manhã foram cumpridos os mandados de prisão preventiva de Wilson Felix de Farias, Edivânia Menezes, Alessandra Santos Meneses, André dos Santos Almeida e Márcio José Góes. De acordo com a delegada, eles faziam parte de uma organização criminosa, mas o Wilson era quem comandava o esquema, e durante a prisão foi encontrado na casa dele uma quantia de R$ 200 mil em espécie. “Wilson não aparecia como sócio em empresa nenhuma, ele é a pessoa que movimenta todo o dinheiro, mas para isso ele contava com o apoio dos empregados como Alessandra, o André, o próprio Márcio que figurava como presidente da associação, e a esposa Edivânia, para movimentar o dinheiro ele montou uma estrutura em que ficava blindado e contou com a colaboração dessas outras pessoas para que criassem essas empresas e através dessas empresas conseguiram desviar o dinheiro público”.

Os presos serão transferidos para o presídio nesta quarta-feira (25). “Nenhum dos presos falaram, eles usaram a estratégia de permanecerem calados e este é um direito previsto em Constituição, agora a polícia tem até dez dias para finalizar o inquérito, mas isso não significa que a investigação terminou, agora ela segue para a segunda etapa, que é justamente a contratação dessas empresas por todas as prefeituras do Estado”.

Próxima Etapa

Nesta segunda etapa serão investigadas a relação dessas empresas em processos licitatórios de municípios sergipanos. “A segunda etapa da investigação é exatamente identificar quais prefeituras contratadas por essas empresas, como foi a participação dessas empresas no processo licitatório para fazermos a identificação se houve alguma fraude”.

Confira a casa de Wilson Felix Farias, preso durante a operação da PC: 

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