Quase 900 assaltos a ônibus já foram registrados este ano na Grande Aracaju

06/10/2015 09h36
Quase 900 assaltos a ônibus já foram registrados este ano na Grande Aracaju

O número de assaltos a ônibus do transporte coletivo aumentou no ano de 2015 e somente nos primeiros quatro dias de outubro, já são 14 ações criminosas contra linhas do transporte público. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sintra), Miguel Belarmino, que também relatou que neste mesmo período em 2014 foram 750 assaltos, enquanto neste ano já são 890.

De acordo com o presidente, parte dos assaltos são seguidos de arrastão, o que tem deixado a população e trabalhadores com medo. “A situação de quem precisa do transporte público e de quem trabalha nos ônibus é a mesma, estamos todos inseguros e a mercê desses bandidos”, destacou o presidente.

Segundo o Sindicato, as linhas mais visadas pelos assaltantes são as do bairro Soledade, conjunto Jardim, Terra Dura, Parque São José e toda a região de Socorro. “Apesar de termos essas localidades mais violentas, não tem local e nem hora certa para os assaltos, ontem mesmo, em plena luz do dia, teve um arrastão na avenida Rio de Janeiro. A polícia até prendeu os três assaltantes, mas sabemos que são presos e daqui a pouco estão de volta para roubar mais”, desabafou Miguel Belarmino.

Outro problema relatado pelo presidente do Sintra, é o policiamento deficitário. O Sindicato reclama que o número de blitz não é o suficiente. “Se o secretário Mendonça Prado cumprisse o que prometeu em uma reunião no dia 22 de abril deste ano, o número de assaltos seria bem menor. Quando dizem que o número de blitzes triplicou é mentira, o que aumentou foram os assaltos”, concluiu.

A polícia também reclama da lei, que acaba indo na contramão das ações policiais, e argumenta sobre o trabalho de policiamento. De acordo com a relações públicas da Polícia Militar, capitã Evangelina, o policiamento ordinário tem sido feito por equipes especializadas, pela CPTran e pela CPRv, mas infelizmente esse é um crime de oportunidade. “Por mais que a gente realiza blitz e coloque policiamento nas localidades, esse é um crime difícil de equacionar, pois muitas vezes o criminoso está entre os passageiros, disfarçado, esperando o momento oportuno de agir”, declarou.

Segundo a relações públicas, a CPTran tem fornecido um mapeamento das ocorrências e a partir destas informações estão sendo programadas as ações da polícia. “Fazemos as ações onde as ocorrências são maiores, solucionamos no local, mas infelizmente enquanto estamos intensificando em uma área, os criminosos começam a agir em outra”, revela a capitã que ressalta o problema no efetivo. “Infelizmente o número de policiais não é o suficiente para um policiamento extraordinário e por conta da situação de crise que vive o estado, não podemos fazer essa cobertura maior, pois precisaríamos dos policiais em seus dias de folga e isso gera um adicional na folha de pagamento”.

A policial também fez um alerta à população e pediu a colaboração através de denúncias. “Seria mais interessante que realizássemos um policiamento preventivo e para isso uma parceria com a população seria um bom caminho. Pedimos que quando as pessoas perceberem qualquer movimentação estranha, desça no ponto mais próximo e ligue para a polícia, para que possamos agir em conjunto”.

A polícia também orienta que as pessoas evitem atender ligações dentro de ônibus e evitem usar objetos de valor.

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