População vai sentir no bolso com cortes do programa “Aqui tem Farmácia Popular”

05/10/2015 12h08
População vai sentir no bolso com cortes do programa “Aqui tem Farmácia Popular”

Se antes o programa “Aqui tem Farmácia Popular” abrangia cerca de 34 mil farmácias em todo o país, com a aprovação da nova medida, apenas as farmácias populares do governo poderão distribuir os medicamentos em quantidade reduzida. Em 2015 o orçamento para esse programa foi de cerca 580 milhões de reais, mas em 2016 esse orçamento não vai mais existir.

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O programa que mantido será é o Saúde não tem preço, em que somente as farmácias do governo vão distribuir medicamentos a preços baixos. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de Sergipe (Sicofase), Alex Garcez, Sergipe será penalizado por ter apenas três farmácias do governo que vai permanecer vendendo apenas medicamentos para diabetes, hipertensão e asma. “Eu aclamo ao governo, que haverá perda de arrecadação também, porque a farmácia compra o medicamento e paga o imposto, na hora que nós vendemos, emitimos um cupom fiscal e o governo federal recebe pelo simples”, explica o presidente.

Esse programa foi criado em 2006 com o objetivo de beneficiar e melhorar o atendimento das pessoas, com problemas de diabetes, pressão alta, mal de Parkinson, que necessitam de fralda geriátrica e ao longo dos anos foi aumentando a quantidade de remédios, para tratamento de colesterol, rinite alérgica, colesterol alto, glaucoma e anticoncepcionais.

Mas a partir do próximo ano, todos esses medicamentos não terão mais o preço reduzido a quase 90 %, como acontece atualmente em várias farmácias do país. Gilson Prandini é publicitário e segundo ele essa medida vai atingir principalmente a população de baixa renda, a saúde pública já é um caos e acredita que acabando com esse programa, a situação vai piorar ainda mais. “O atendimento de idosos vai aumentar, já que eles não vão ter como comprar o medicamento e os postos de saúde vão ficar lotados”, ressaltou.

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Na família de Rosely de Souza, a mãe, a tia e ela mesma compram esses medicamentos a um custo mais baixo. “Com essa medida o orçamento vai ficar difícil, temos que procurar outras formas de comprar o medicamento”, explica preocupada.

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