Escola assaltada mais de 10 vezes suspende aulas por falta de segurança

01/10/2015 19h07
Escola assaltada mais de 10 vezes suspende aulas por falta de segurança
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A direção da Escola Municipal Letícia Soares, localizada no bairro Santos Dumont, decidiu suspender as aulas por falta de segurança na unidade educacional. De acordo com professores e alunos, o colégio já foi alvo de assalto por mais de 10 vezes.

“Já arrombaram e assaltaram aqui umas doze vezes. No início todo mundo ficava assustado, mas agora já estamos até acostumados com essa situação. Agora quase todo fim de semana assaltam a escola. Não temos mais nem material aqui porque levam merenda, levam material de limpeza, material didático, até as plantas estão levando” relata uma das professoras da escola, Edileide Barroso.


Segundo a diretora do colégio, desde julho de 2012 que o vigilante da escola só atua no turno noturno, aos fins de semana. “A secretaria de educação já tem conhecimento desses boletins de ocorrência, já tem conhecimento sobre o assunto. Temos um vigilante no sábado e domingo à noite, mas pelo dia, a escola fica sem segurança. De vez em quando, os próprios funcionários vão para frente da escola para receber os alunos por falta de vigilante. Alguns boletins de ocorrência já foram registrados, mas a situação é a mesma durante anos”, afirma Maria Vilma Leite.


Da última vez que a escola foi assaltada o portão principal da unidade ficou danificado. O acesso ainda não foi consertado, e no improviso, amarraram cordões para segurar a passagem. “O meu medo é que uma criança chegue perto desse portão e ele caia por cima dela. Fora que a segurança da escola, que já não é boa, fica ainda mais vulnerável com essa situação”, lamenta a diretora.


De acordo com informações da direção, oito mil reais de verbas destinadas para manutenção da escola estão sendo usadas para reparos desses arrombamentos. O colégio agrega 480 alunos nos turnos diurno e noturno. Todos estão assustados com a onda de violência e com a vulnerabilidade da segurança na escola.

 

Uma mãe de um dos alunos avalia a situação como absurda. “Não é a primeira, nem a segunda, nem a última vez que isso vai acontecer. Com esse portão arrombado qualquer um pode entrar aqui, fazer uma desgraça e ficar por isso mesmo. Aqui já teve até morte e ninguém faz nada”, conta Maria Nilma.

 

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