Emoção marca sepultamento das vítimas de acidente na rodovia SE-90

30/09/2015 22h33

Na manhã desta sexta-feira (06) foram sepultados os corpos das seis vítimas que estavam no micro-ônibus que se chocou com uma caçamba, na manhã de ontem (05), na Rodovia SE-90. Quatro vítimas foram sepultadas no cemitério da Misericórdia, no município de Laranjeiras, uma em Nossa Senhora das Dores e outra na cidade de Capela.  

 

Duas das vítimas foram veladas no ginásio de esportes da cidade de Laranjeiras, onde aconteceu uma missa com a participação de familiares, amigos e pessoas da comunidade, que se mobilizaram com a tragédia. O prefeito do município, Juca de Bala, esteve no velório e prestou solidariedade às famílias. “Estamos dando assistência e participando junto com as famílias nesse momento difícil. São pessoas amigas, do nosso convívio, um deles era funcionário da prefeitura e temos obrigação de participar desse momento com os familiares”, afirmou o prefeito.

 

Após o velório houve um cortejo até o cemitério, onde foram sepultados Jamile dos Reis Santos, 21 anos, Mayara Santos Lima, 20 anos, Admilson de Jesus Santos, 55 anos e Gicélia dos Santos Vieira, 49 anos. No cemitério o clima de emoção e até mesmo desespero tomou conta dos familiares, a mãe da jovem Mayara Santos desmaiou durante o sepultamento e precisou ser amparada por familiares.  

 

Segundo informações de parentes de Gicélia dos Santos, a mulher tinha acabado de conquistar a casa própria e era muito querida pela comunidade. "Ela era uma amiga daquelas para todas as horas. Tinha um grande coração e sempre estava disposta a ajudar a todos. Deus, um dia, nos fará entender o porque disso tudo", contou, emocionada, uma das irmãs de Gicélia.

 

O motorista Adriano da Silva Santos, 38 anos, foi velado e sepultado na manhã de hoje em Nossa Senhora das Dores. Já Antônio Sérgio Santos, 54 anos, após o velório foi levado para Capela, onde foi sepultado.

 

A filha mais velha de Antônio Sérgio dos Santos, sepultado em Capela, revela que não tinha muito contato com o pai desde a separação, e confessa que  ainda não consegue acreditar no ocorrido. "Ele e minha mãe se separaram quando eu tinha 2 anos. Tivemos pouco contato durante esse tempo, mas ele era um bom homem e nunca nos deixou faltar nada. Ele era muito conhecido e as pessoas estão sem entender muito o que aconteceu. Ninguém acredita que ele se foi. Só o tempo mesmo para fazer essa ficha cair", conta Aline dos Santos.

 

O representante da empresa no micro-ônibus envolvido, Gilberto Matos, informou que as vítimas estão recebendo todo suporte e relembra de como era o convívio com o motorista Adriano. "Ele era um grande profissional, dentro e fora da empresa. Tinha um bom relacionamento com todo mundo e isso nos faz ficar ainda mais abalados. As pessoas envolvidas estão cobertas pelo seguro e tudo que pudermos fazer para amenizar o sofrimento, faremos", disse.

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