OAB/SE poderá intermediar negociações entre PM e governo

A OAB/SE se colocou à disposição do bloco de negociação entre a categoria policial e o Governo do Estado. Segundo o presidente da OAB/SE, Henry Clay Andrade, a entidade está preocupada com a falta de segurança.

30/09/2015 19h13

Os policiais militares de Sergipe poderão receber mais um reforço na luta pela negociação salarial com o governo. Desta vez é a Ordem dos Advogados do Brasil que se colocou à disposição do bloco de negociação entre a categoria policial e o governador Marcelo Déda. Segundo o presidente da OAB/SE, Henry Clay Andrade, a entidade está preocupada com a falta de segurança que tem atormentado a população, especialmente por conta da tensão entre o Executivo Estadual e os policiais militares. Ele disse que o Governo precisa definir parâmetros para estabelecer entendimentos com os militares e questionou a punição como forma eficiente de negociação.

 

Henry Clay e representantes da SSP (Foto:Sérgio Ferreira)

"A punição pode ser o caminho legal, mas precisamos pensar se é o mais eficiente. É importante que o Governo entenda que o que está em jogo é a segurança da população, questão que não pode ser desprezada", afirmou.

 

O presidente da OAB/SE informou que poderia fazer um discurso fácil e apoiar o movimento, mas isso não contribuiria para solucionar a problemática. A entidade quer atuar de forma neutra na intermediação do dialogo entre Governo e classe.

Reunião entre OAB e SSP (Foto: Sérgio Ferreira)

 

"A OAB tem estatura moral e credibilidade para ser a interlocutora destes entendimentos, agindo, principalmente, de forma leal, honesta e isenta para debelar esta crise na segurança pública?, colocou o presidente, acrescentando que no momento de crise há uma tendência a radicalização e as reais conseqüências do radicalismo ninguém pode prevê.

O assunto sobre a negociação entre policiais militares e governo foi colocado na manhã desta sexta-feira em uma reunião entre a OAB/Se e os representantes da Secretaria de Segurança Pública. Na ocasião foram discutidos ainda a questão do avanço do crack no Estado.

 

 

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